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DESEMPREGO NÃO CAI EM 18 ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL


Trabalho informal ou atividade por conta própria sem CNPJ cresce ao mesmo tempo que taxa de desocupação muda pouco.
A taxa de desemprego ficou estável no último trimestre em 18 estados e no Distrito Federal, ao mesmo tempo que avançou a informalidade no país.
No fim de 2019, 11% dos trabalhadores no Brasil estavam desocupados, uma queda de 0,60% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso representou, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
divulgada na sexta-feira (14) pelo IBGE, em 520 mil desocupados a menos ante 2018.
O conjunto de estados sem melhora no emprego no último trimestre corresponde à metade da população brasileira. Segundo o IBGE, apesar de alguns registrarem uma oscilação para cima ou para baixo, dentro do coeficiente de variação (um tipo de margem de erro estatístico) não é possível dizer que houve melhora ou piora na maioria.
Dos 18, em 15 a taxa de desocupação está acima da média nacional. A situação melhorou no último trimestre, na comparação com o mesmo período em 2018, em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pernambuco, Maranhão, Alagoas e Amapá. Em Goiás, o desemprego subiu 2,20%.
A estabilidade no desemprego pode ser explicada, segundo o professor da USP e economista da Fipe Hélio Zylberstajn, pela substituição do emprego formal pelo informal. Por isso, o trabalho sem carteira assinada ou atividade por conta própria sem CNPJ cresce ao mesmo tempo que a taxa de desocupação muda pouco.
Zylberstajn afirma que a elevação de 2% no emprego com carteira assinada no último trimestre deve ser vista de maneira positiva. Na comparação com o mesmo período de 2018, 726 mil trabalhadores no país conseguiram a formalização.
Para o economista Samuel Oliveira Durso, professor da Fipecafi, a alta informalidade era resultado esperado, pois vinha aparecendo nos trimestres anteriores, e sinaliza fraqueza na recuperação da economia no país. Ele considera que, apesar da melhora no índice geral, demonstra que a geração de vagas segue instável.
O número de desalentados, que são aqueles que gostariam de estar trabalhando, mas não buscaram por achar que não conseguiriam, segue estável. Eram 4,6 milhões nessa condições no 4º trimestre do ano.
Fonte: Folha de São Paulo
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